Mais da metade das 13 milhões de pessoas que vivem em favelas por todo o Brasil já tiveram sua renda reduzida devido às restrições impostas pela pandemia do Covid-19. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva/ Data Favela, divulgada nesta quarta-feira (25), sete em cada dez famílias brasileiras que vivem em favelas, já sentem no bolso os efeitos econômicos do coronavírus. Ao todo, o Instituto entrevistou 1.142 pessoas neste mês de março em 262 favelas de todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Sem um plano do governo focado especificamente na realidade desta população, o Governo Federal propôs um auxílio de R$300 para os trabalhadores autônomos, que representam 47% dos moradores de favelas, e para os informais.
O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, informou nesta quarta-feira o aumento do valor do auxílio que inicialmente seria de R$ 200, valor já anunciado pela área econômica, para R$ 300.”Acho que vão aumentar para 300, não tenho certeza”, declarou Sachsida, durante videoconferência com investidores promovida por uma corretora.
O cenário econômico de crises e recessões esperado para o Brasil não é diferente do resto do mundo. Por este motivo, líderes de todo mundo estão criando estratégias para proteger o lado mais fraco desta história, que é o trabalhador.
Líderes de todo mundo elaboram estratégias para proteger seus trabalhadores
Nos EUA, a maior parte dos cidadãos norte-americanos receberão auxílios de 1.200 dólares por adulto e 500 por menor de idade. O projeto prevê também mudanças na concessão do seguro desemprego e ajuda aos estados, além de prover centenas de bilhares de dólares em empréstimos para pequenas, médias e grandes empresas.
Já o Reino Unido anunciou três pacotes de estímulo à economia no valor total de 418 bilhões de libras, cerca de R$ 2,5 trilhões. Os recursos servirão para ajudar as empresas de todos os portes — está suspensa toda e qualquer cobrança de imposto sobre valor agregado (IVA) para o comércio, mas, sobretudo para o trabalhador. Serão garantidos 80% dos salários até o limite de 2.500 libras por mês (ou R$ 14,8 mil). Os trabalhadores autônomos terão um prazo maior para pagar os seus impostos.
Na Itália, o país mais atingidos pela crise, o governo optou por expandir o sistema de bem estar social e apoiar os trabalhadores. O governo italiano pagará mais de 500 euros (R$ 2,700) para cada trabalhador autônomo além de subsidiar temporariamente os salários de parte daqueles que forem demitidos.
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