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Coletivo de juristas negras realiza evento sobre Direito Antidiscriminatório no Recife-PE.
Notícias
Publicado em 18/11/2019

 

O coletivo Abayomi Juristas Negras realizará o ”’I Talk de Direito Antidiscriminatório do Brasil”, na OAB Pernambuco. O evento será no dia 25 de novembro, a partir das 14 horas.

Com o objetivo de evidenciar a pessoa negra na sociedade, o evento contará com a participação de profissionais de diversas regiões do país, que compartilharão, no formato de conferência, suas experiências e histórias. “Queremos empoderar a população negra, enfatizando as narrativas de sucesso daqueles(as) que lutaram e saíram de situações de vulnerabilidade, mostrando o poder que existe em cada um”, diz Chiara Ramos, procuradora federal e co-fundadora do Abayomi. 

Entre as atividades, haverá apresentações artísticas culturais, oficina de turbante e espaço para exposição e comercialização de produtos e serviços oferecidos por afroempreendedoras locais. “É importante fortalecer o povo preto por meio de uma rede colaborativa, incluindo não apenas juristas mas também àqueles(as) que, por algum motivo, encontraram no empreendedorismo e na arte uma forma de sustento”, explica Chiara. 

Para realização deste evento, o coletivo lançou um crowdfunding para arrecadação de contribuições financeiras que possibilitarão custear gastos com alimentação e translado das afroempreendedoras, dos(as) artistas e dos(as) parceiros(as) técnicos(as), além da infraestrutura necessária para a ocasião. As contribuições deverão ser realizadas por meio do site http://vaka.me/762104.

Sobre o Abayomi Juristas Negras

Criado em novembro de 2018, o coletivo Abayomi Juristas Negras nasceu para confrontar estrategicamente o racismo estrutural e institucional nos órgãos que compõem o sistema de justiça brasileiro. Abayomi, que na língua iorubá significa encontro precioso, é um grupo formado por advogadas afrofeministas que atuam para quebrar as políticas de silêncio racial, revelando o impacto díspar do direito e as consequências da hermenêutica da branquitude na manutenção das opressões à população negra. O grupo prepara juristas negras para se tornarem juízas, procuradoras, promotoras, delegadas e demais posições estratégicas de poder.

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