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Bruno Gagliasso se tornou autocrítico após a paternidade: 'Não existe perfeição'
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Publicado em 02/08/2018
O pai de Títi estampa a capa de agosto da revista 'GQ' e, em entrevista a Wagner Moura, conta que sentiu mudanças na vida após a chegada da menina: 'Hoje consigo enxergar as coisas como antes não conseguia. Não me justifico, mas a gente cresce, amadurece, aprende. Não existe perfeição, isso é apenas uma idealização. Vivemos, sim, em uma sociedade machista, racista e hipócrita'

Não foi só Giovanna Ewbank que percebeu mudanças na vida após a chegada da filha, Títi, de 5 anos. Capa da revista "GQ" de agosto, Bruno Gagliasso foi entrevistado por Wagner Moura, atualmente gravando o filme "Sérgio", e disse que a paternidade lhe tornou autocrítico: "Hoje consigo enxergar as coisas como antes não conseguia. Não me justifico, mas a gente cresce, amadurece, aprende. Não existe perfeição, isso é apenas uma idealização. Vivemos, sim, em uma sociedade machista, racista e hipócrita. Só consegui tomar uma consciência real de tudo isso com a chegada da minha filha".

 

ATOR COMENTA DECLARAÇÕES POLÊMICAS NO PASSADO

Gagliasso foi envolvido em uma polêmica recentemente após internautas desenterrarem tuítes antigos e polêmicos. No papo para a publicação, o ator disse que segue um conselho para lidar com a situação: "Lidar com a vida sempre através da verdade; encarar com a verdade qualquer situação que vier; ser de verdade com todas as pessoas; viver a partir do que for verdadeiro. Se eu disse algo no passado que hoje me envergonho, não pretendo lidar com isso apagando o passado, mas lidando com ele hoje e sendo uma pessoa melhor sempre. Só encarando a verdade com a verdade que a gente evolui".

 

ARTISTA ENSINA A FILHA A LIDAR COM RACISMO

Em entrevista recente ao Purepeople, Gagliasso disse que se engajou na luta contra o preconceito racial por causa da filha: "É uma causa que virou nossa. Não tem como nós não falarmos sobre, fingirmos que não existe na nossa família, no nosso cotidiano. Está diretamente ligado a nós". O ator contou que instrui a menina a lidar com o racismo após a menina ser alvo de comentários preconceituosos na internet: "A criamos dando instrumentos para que ela possa se defender. Ela vive na realidade. Mais tarde ela vai dar um Google e verá o que aconteceu. Ela vai saber que o pai e a mãe dela lutaram por ela porque ela vai ter que lutar sozinha". "E como pais brancos usamos todos os instrumentos possíveis para orientar, para alimentá-la e deixá-la forte", acrescentou Ewbank.

 

(Por Tatiana Mariano)

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